JUSTIFICATIVA:
Pasquale Milone nasceu em Sarno na Itália, migrou para o Brasil em 1953, após a 2ª Guerra Mundial, vindo a estabelece-se na cidade São Paulo (Capital) onde trabalhou inicialmente como mecânico e soldador no bairro do Brás.
Milone teve brilhante participação no desenvolvimento industrial da mecânica brasileira, principalmente em ferramentas rotativas especiais utilizadas nas fábricas de automóveis que se expandiram a partir da década de 60. Com o sócio Leopoldo Funaro, criou a Infer, indústria mecânica instalada hoje
A Infer começou com uma pequena oficina na Lapa e cresce frente à necessidade de ferramentas especiais para a indústria automotiva e de outros segmentos, como fresas circulares, ferramentas rotativas para corte de engrenagens e outras peças de motores e transmissão. O desenvolvimento de uma "rosca sem fim" serviu as primeiras máquinas de assar frango, segundo Molnar.
Mesmo sem ter estudado engenharia, Milone trabalhava em projetos de novas ferramentas para o setor industrial. A empresa é obrigada a se mudar para um prédio maior ainda na Lapa. Em 1972, com o crescimento da Infer, Milone e Funaro decidem procurar outra cidade para se instalar.
A idéia inicial para a mudança da Infer era Votorantim, mas por meio do Conselho Municipal de Desenvolvimento Industrial (CMDI), que incentivava a a vinda de empresas para Sorocaba, os dois sócios optaram para uma área na Avenida Rudolf Dafferner, Alto da Boa Vista. Na época, o (CMDI) era liberado pelo presidente da diretoria executiva da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA) Laelso Rodrigues. Enquanto o galpão não ficava pronto, a empresa ocupou provisoriamente um prédio já existente próximo a Avenida General Carneiro, segundo Molnar. Um acordo comercial com a Hurth permitiu a produção de cortadores "shaving" e desenvolvimento de novos tipos de ferramentas para indústrias.
A Empresa se chama hoje Hurth Infer (HI) e está instalada em três galpões, num total de 58 mil metros quadrados. Funaro (falecido em 01 de novembro de 2013), o filho Rafael, e o filho de Milone, Aniello Milone Neto, participam da direção.
Milone ajudou a trazer outras empresas a Sorocaba e colaborou com o desenvolvimento da cidade, inclusive com patrocínio e apoio a atividades culturais.
Deixa a esposa, Clarice, e dois filhos, Aniello e Ester.
Falecimento em 22 de outubro de 2013.